domingo, 30 de março de 2008

Dieta Evolucionista


Relatam os documentos que a dieta dos nossos antepassados era baseada naquilo que recolhiam das florestas, ou seja, frutos e legumes crus, sendo que a relação íntima que temos hoje em dia com as gorduras saturadas, o sal e o açúcar surgiu há relativamente pouco tempo na história evolutiva da nossa alimentação. Sabe-se ainda que os símios, os nossos parentes mais próximos, possuem uma dieta em tudo semelhante à dos nossos antepassados e que a taxa de incidência de doenças cardiovasculares nestes animais é extremamente baixa.
Com o objectivo de saber se a adopção de uma dieta semelhante à dos nossos parentes símios pode diminuir o risco de incidência de doenças cardiovasculares, foi recentemente realizado um estudo com 12 voluntários, todos eles com elevados níveis de colesterol e tensão arterial, bem como um risco acrescido de virem a sofrer de complicações cardiovasculares. Estes comprometeram-se a, durante 12 dias, ingerirem apenas água, fruta e legumes crus. Para obterem as calorias e nutrientes diariamente necessários tiveram que ingerir 6kg de fruta e legumes.
Ao fim dos 12 dias da experiência verificou-se uma descida acentuada nos níveis de colesterol, bem como nos da tensão arterial e, como tal, um menor risco de incidência de doenças cardiovasculares. Com tais resultados não devíamos nós voltar a adoptar os hábitos dos nossos antepassados?

quinta-feira, 27 de março de 2008

Peixe hoje, saúde amanha!


Quantas vezes as crianças não torcem o nariz às refeições com peixe? Pois é, mas para além da Organização Mundial de Saúde recomendar 3 a 5 doses por semana, os seus benefícios na alimentação das crianças são incontornáveis. Rico em proteínas, ferro, iodo e ómega 3, o peixe tem funções comprovadas na optimização do desenvolvimento do cérebro das crianças e na protecção contra as inflamações. Rico em sais minerais (cálcio, fósforo, zinco e cobalto), fortalece os dentes e ossos; a sua riqueza em vitamina D assegura uma utilização adequada do cálcio bem como o bom funcionamento dos músculos e de todo o sistema nervoso; possui vitamina A, essencial para a visão; é fonte de vitaminas do complexo B, que dão energia e aumentam a resistência a doenças e ao cansaço intelectual. São também fonte de ácidos gordos essenciais no desenvolvimento cerebral.
Uma das vantagens do peixe em relação à carne é que não tem gorduras saturadas prejudiciais à saúde. De uma forma geral, contém teores de gordura inferiores aos da carne e é sobretudo rico em gorduras polinsaturadas, em especial o ómega 3, nutrientes amigos do organismo. Concentradas em maiores quantidades no peixe gordo (como salmão, atum ou cavala), estas gorduras protegem o aparelho cardiovascular dos processos inflamatórios. A qualidade das gorduras e o menor valor energético do peixe em relação à carne são duas características benéficas e irresistíveis, sobretudo para quem quer reduzir o colesterol ou perder algum peso.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Quando Comer Se Torna Um Pesadelo...!


A Bulimia é uma doença do foro psicológico relacionada estritamente com a anorexia, mas com uma diferença: a bulímica tende a alimentar-se em excesso tendo posteriormente um forte sentimento de culpa. Para compensar este descontrolo, pratica exercício de forma desmedida, vomita o que come e/ou faz uso excessivo de purgantes e diuréticos. Um pouco ao contrário da anorexia, a bulimia ainda hoje permanece um tabu para grande parte da sociedade e muitas das pessoas afectadas pela doença permanecem em anonimato. É detectada principalmente em adolescentes do sexo feminino, podendo prolongar-se por vários anos.

Além dos graves problemas físicos, como destruição dos dentes pelos ácidos estomacais, fraqueza muscular e arritmia cardíaca, estes doentes vivem aprisionados no seu medo de engordar e na sua insatisfação com o seu próprio corpo. Em suma, quer o vómito, quer o uso de laxantes são processos que consomem grande parte do tempo destes doentes, pelo que as suas performances académicas ou profissionais são afectadas e a sua vida social complica-se.

O tratamento deste tipo de distúrbio alimentar é complicado e de longo prazo, sendo repleto de altos e baixos, mas sem dúvida que o primeiro passo é admitir que algo não está bem...

sexta-feira, 21 de março de 2008

Amigos e Inimigos do Colesterol!

O colesterol é um lípido presente em todas as células do organismo e necessário, em pequenas quantidades, ao seu funcionamento. É o fígado que se encarrega de o produzir de acordo com as nossas necessidades. Além disso, estima-se que cerca de 30% do colesterol que circula no sangue seja proveniente dos alimentos que ingerimos. É utilizado por exemplo na produção de estrogénio e testosterona, sais biliares que ajudam na digestão da gordura e ainda na constituição das membranas celulares. No entanto, quando os seus níveis são demasiado elevados, este tem tendência a acumular-se nas paredes dos vasos sanguíneos

Alimentos que podem baixar o Colesterol...

AVEIA- durante um estudo na Universidade de Toronto, duas alunas que adoptaram uma alimentação saudável, ao incluírem aveia na sua dieta revelaram uma subida de cerca de 11% nos seus níveis de HDL.

AMÊNDOAS- estudos demonstram que as substâncias presentes na pele das amêndoas ajudam a prevenir a oxidação do LDL.

FEIJÃO e LENTILHAS- segundo resultados reportados na "Annals of International Medicine" a integração destes alimentos numa dieta com baixos níveis de gordura faz baixar o LDL consideravelmente.

CEVADA- em 2004, quando voluntários com a dieta padrão da "American Heart Association" lhe adicionaram cevada, sofreram descidas consideráveis nos seus nívis de colesterol.

ABACATE- as suas gorduras monoinsaturadas fazem diminuir o LDL ao mesmo tempo que aumentam o HDL.

ÁLCOOL- tem sido demonstrado que a ingestão de um copo de vinho (ou outra bebida alcoólica) ao jantar ajuda a subir o nível de HDL e a diminuir o risco de ataque cardíaco. Contudo, beber em excesso aumenta o risco das doenças cardiovasculares.




Alimentos que "alimentam" o Colesterol...

PRODUTOS LACTICÍNIOS GORDOS- por exemplo o queijo e a manteiga são fontes de gorduras saturades, as principais responsáveis pelo aumento do LDL.

CARNES CONSERVADAS- o bacon e as salsichas possuem quantidades excessivas de gorduras saturadas. Em vez destes produtos opte por salsicha e bacon feitoa a partir de perú.

BATATAS FRITAS DE FAST-FOOD- pior do que as gorduras saturadas são ainda as gorduras trans usadas em muitos restaurantes por deixarem a comida mais saburosa. Um exemplo são os óleos hidrogenados para fritar batatas. Estes, para além de aumentarem o LDL, também fazem diminuir o HDL.


ÓLEOS TROPICAIS- os óleos de palma e côco, por exemplo, também são prejudiciais ao colesterol. Semple que possível substitua por azeite de oliveira (a gordura mais saudável por excelência.


BOLOS- também ricos em gorduras saturadas, devem ser evitados.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Beber água antes, durante ou após as refeições?



Sendo a água um bem essencial à vida, é necessário relembrá-la ao longo do nosso dia-a-dia. Os cerca de dois litros de água recomendados diariamente podem ser ingeridos a qualquer hora. No entanto, dependendo do momento en que é ingerida, pode estimular diferentes funções no organismo.


Quando ingerida em jejum ajuda a prevenir a prisão de ventre, uma vez que estimula os movimentos intestinais.


Se for tomada mesmo antes das refeições ajuda a criar uma sensação de saciedade que faz com que comas menos e percas peso.


Durante as refeições não deves berer mais de dois copos de água para não diluir em excesso os sucos gástricos. Isso iria dificultar a digestão e absorção de nutrientes.


Como podemos ver a água é indispensável ao bom funcionamento do nosso organismo, mas a sua ingestão deve ser controlada e não desregrada.

quinta-feira, 13 de março de 2008

À mesa com a família


As refeições em família ajudam os jovens a adquirir bons hábitos dietéticos.

É a conclusão de um estudo norte-americano publicado recentemente no Journal of the American Dietetic Association. No Minesota, 1710 estudantes responderam a dois questionários sobre hábitos alimentares, um quando tinham entre 15 e 16 anos e o outro cinco anos depois. Os estudantes que reportaram mais refeições familiares indicaram também uma dieta equilibrada e rica em frutas, legumes verdes e laranjas, bem como um menor consumo de refrigerantes. Estes adolescentes faziam todas as refeições diárias com maior frequência, encarando-as como um acto social. O outro grupo, pelo contrário, não jantava e falhava o pequeno-almoço com mais frequência. Esta investigação reforça os efeitos benéficos das refeições familiares na qualidade da dieta dos jovens. Os bons hábitos adquiridos na adolescência mantêm-se até à idade adulta e contribuem, certamente, para prevenir o excesso de peso e a obesidade.

Mais uma razão para juntar a família à mesa todos os dias, com pratos saudáveis e variados.

(Revista Teste Saúde - Deco Pro teste, 71, Fevereiro/Março 2008)